Curso Docência do Ensino Superior
Aula Legislação do Ensino Superior e Políticas Públicas em Educação
Proposta de discussão
por Prof. Roberta Fabiane Moreno da Silva Carvalho
Este é um post de uma série, com o objetivo de realizar um acompanhamento histórico da minha passagem como aluna de dois cursos superiores 100% EAD. Aonde vou manter registro das minhas participações nos fóruns e outras atividades. Vamos lá!
Hoje me deparo com mais uma iniciativa, com abordagem diferenciada de estudo combinado a tecnologia da informação, neste curso de Especialização, no formato EAD. A idéia de trabalhar no meu ritmo à distância, sob minha própria tutoria, me agrada muito. Entretanto hoje mesmo, realizando a primeira aula deste curso, me deparei com uma realidade do ensino formal que criou um senso sobre o processo de divulgação e a realidade acadêmica. A qual responde ambas as perguntas propostas ao fórum.
O percurso formal acadêmico é lento e doloroso, muitas vezes a orientação e grade curricular aprisiona a mente sobre o ponto de vista da inovação. O objetivo maior da pesquisa, traduzido em um doutorado (e considerando este um título formal acadêmico) é a originalidade de idéias e soluções de problemas reais a sociedade para o desenvolvimento da cidadania e humanidade. Quando incluímos barreiras e estradas pressupõe-se caminhos já traçados e orientados a uma agenda maior manipulada por poderes que lideram ambas as instituições, privadas ou públicas. Os quais, ficam obscurecidos por burocracias ou autocracias associadas a ambas instituições. Tais estradas e barreiras conduzem o pensamento científico à serviço de força maior a sociedade a qual este poder acredita ser legítimo de sua defesa, sem interferência real de qualquer concorrência que possa questionar seus motivos, desejos ou fins.
Inicialmente minha idéia era obter título de mestre. E somente agora ficou clara, para mim, a jornada acadêmica e a certificação correspondente a cada escalada. De qualquer forma a proposta do curso foi importante para a compreensão do sistema acadêmico brasileiro, assim como esta aula foi de suma importância para o entendimento do processo de evolução da atuação das instituições públicas e privadas, que à luz da sociedade, possuem motivações diferenciadas, mas sob os olhos minuciosos de um pensador livre, as reconhecem pelo que são.
É exaustivo percorrer o caminho que corrompe o sistema do desenvolvimento humano, através das instituições, sejam públicas ou privadas, os interesses de ambas estão nas mãos de poucos, os quais não temos alcance real para efetivar mudanças significativas a causa. Entretanto, insisto que isso não irá nos impedir de o fazer. Avaliando sob o ponto de vista pessoal do aluno, ambas funcionam como uma prisão do pensamento científico criativo, aonde a instituição privada motiva o lucro e a pública o ego, mas a pesquisa acadêmica é distante ao Sistema Nacional de Inovação, que ainda é imaturo no Brasil. E de qualquer forma acabamos esbarrando em um sistema controlador.
Um exemplo é a Triple Helix, em 1996, por Henry Etzkowitz. E assim, o Brasil, dentro de um movimento globalizado, também possui seu Sistema Brasileiro de Inovação (SBI), que claramente observa uma composição de maior atuação das Grandes empresas, que representam aproximadamente 2% do total nacional, obviamente controladas por capital estrangeiro, que centralizam e coordenam as relações entre os ITCs de conhecimento e as entidades de ensino e o governo, conforme visível na Pesquisa ANPEI de 2014, a qual também aponta que a qualidade da educação é o fator de menor enfoque as ambições do SBI.
Com o olhar maior para as PME-MEs, abre-se a grande possibilidade para a inovação aplicada, favorecendo o desenvolvimento de produtos e serviços com baixo investimento, alta produtividade e potencial escala. Entretanto, a burocracia do processo de desenvolvimento acadêmico de pesquisa, assim como a constante regulamentação e intervenção do governo nestas instituições, impedem um processo mais fluido, natural e rápido para emparelhar a iniciativa dessas pequenas, médias e microempresas ao suporte da produção científica o que culminaria em uma aceleração da inovação no mercado brasileiro. De qualquer forma, fica sempre a pergunta, inovação aplicada ao que? Qual é o propósito a qual as PMEs estariam realmente servindo?
Considerando que as PME-MEs estão mais próximas do público, ou seja, da massa economicamente ativa do país, assim como sob o ponto de vista social, de outros segmentos com maior dependência assistencial. Podemos inferir que estas são as corporações que atuam sob o comando da necessidade direta do consumidor, uma vez que o processo de consagração de uma marca está cada vez mais nas mãos do consenso geral da população. Fato este, descoberto recentemente pelos nossos políticos, nas eleições de 2014, através das redes sociais que foram palanque de discussão e engajamento sócio-político ao ponto de chamar atenção do mundo, como sendo as eleições mais comentadas já registradas na internet até então.
Em resumo, nenhum estudo acadêmico é desperdiçado. E nenhuma forma de conhecimento ou pesquisa científica é completamente inútil, principalmente sob o ponto de vista da inovação. Agora, sendo a coordenação entre os esforços da realidade profissional e a acadêmica ocorrendo a partir de interesses controlados por um mundo globalizado. Pouco espaço sobra para iniciativas realmente originais que e guiadas ou motivadas por estes interesses que realmente beneficiam a humanidade em seu desenvolvimento do SER e não do TER.
E analisando sob o ponto de vista social, nenhuma atuação de controle e regulamentação, seja ela pública ou privada, mostrou sucesso verdadeiro, muito pelo contrário existem dúzias de dados que evidenciam o aumento de uma tendência a qual o governo luta contra através de regulamentação. Controle de armas aumenta a violência, controle da moeda aumenta a inflação, controle da saúde aumenta a ineficiência do sistema de saúde, controle da educação aumenta a desqualificação acadêmica.
A julgar pelos índices de desenvolvimento humano de cada sociedade no planeta e como a constante interferência de órgãos globais que restringem e coordenam o desenvolvimento controlado de certos países em detrimento a outros. Fica claro que há um jogo de interesse de poucas famílias de histórico milenar de poderio das civilizações humanas e que o isolamento provocado, também criou impérios comunistas com operações questionáveis de controle fascista sobre uma sociedade que mantém-se nivelada por índices de baixa qualidade, mantendo a fonte de serviços de baixo custo para aumento da lucratividade das mesmas corporações controladas por este pequeno grupo.