Curso Docência do Ensino Superior
Aula Políticas de Inclusão no Ensino Superior
Proposta de discussão
por Prof. Roberta Fabiane Moreno da Silva Carvalho
Este é um post de uma série, com o objetivo de realizar um acompanhamento histórico da minha passagem como aluna de dois cursos superiores 100% EAD. Aonde vou manter registro das minhas participações nos fóruns e outras atividades. Vamos lá!
por Professor Dr. Fábio da Silva (Video Aula 4).
"Homem de Sucesso" - Google Search Results
Sob a perspectiva de quem? Quem dita a regra do que é perfeição, sucesso ou vencer na vida? A maioria? Então se a maioria concordar que sucesso é ter coragem de matar alguém ou se atirar da ponte, você ou eu temos que seguir estes critérios? Por que a maioria vence? Por que não podemos ter diferentes critérios de satisfação, sucesso e encarar as diferentes definições e perspectivas sobre a vida?
Cada um tem uma opinião, ou perspectiva. E sim, podem ocorrer agrupamentos por interesses e opiniões, mas nunca consenso unânime. A vida é infinita em possibilidades, uma sociedade determinista sob uma única perspectiva, mata o poder da criatividade em inovar. Podemos nos auto-organizar em grupos por similaridade e afinidade, algo que naturalmente já acontece, mas não governada sob um único teto legislativo ou educacional. É muita arrogância achar que uma única ideologia política, pode governar o mundo de forma justa à todas as perspectivas existentes, quanto mais as novas que nascem todos os dias. É um sistema fadado ao insucesso. E estes problemas só irão aumentar, uma vez que o mundo caminha para um governo único e a globalização formaliza os padrões sociais em uma cultura única da humanidade. É hora de por a mão na massa e repensar tudo isso.
Para responder esta pergunta, devemos levar em conta algo primordial em relação a ela: vantagens e desvantagens para quem?
Este sistema é bastante complexo. Pelo seu tamanho, influencia toda nossa sociedade em diversos níveis. O propósito do ensino superior, pode ser questionado como valor para a sociedade, tanto de forma total à humanidade, como para cada grupo por afinidades sociais e ideológicas.
A nação brasileira é bastante diversificada entre suas origens culturais. O sistema educacional e universitário global foi desdobrado no Brasil estendendo os interesses europeus às suas colônias. As universidades nasceram em função da necessidade da alta burguesia em manter seu crescimento financeiro sob o domínio do trabalho, escravista pela violência e ausência de liberdade. Essa política se mantém em diferentes proporções e realidades maquiadas por segurança (modelo teórico proposto Marx).
"Homem de Sucesso" - Google Search Results
Esta realidade é bastante atual. Estamos hoje num mundo, aonde as 63 pessoas mais ricas possuem o mesmo que a outra metade mais pobre, isso mesmo, 63 pessoas controlam o mesmo que 3,4 bilhões de pessoas. E tem gente que ainda acha que existe burguesia no Brasil.
O controle do sistema financeiro mundial está na mão do cartel dos bancos centrais, que por sua vez, são instituições privadas corporativas. Hoje o preço para comprar um congresso é menor do que a inflação imposta pelos bancos centrais aos mesmos, que vão se refletir à sociedade de maneira perceptiva em uma ou duas gerações. Portanto, a vontade política é inexistente ao longo prazo. O que leva a ações imediatistas como um sistema de cotas.
O sistema de cotas pode ser considerado irrelevante ou relevante ao ensino superior, dependendo da perspectiva do observador. Desde que mantenha a sociedade trabalhista escrava ao sistema monetário mundial. E os poderes políticos sob controle corporativo internacional, está tudo dentro do programa globalista previsto. O que faça a sociedade permanecer submissa às idéias macro econômicas, serve para alimentar o processo produtivo mundial e o crescimento financeiro da mesma porcentagem de pessoas que estão em níveis mais altos do topo desta pirâmide.
Ficam as perguntas: é justo considerar a visão de “homem de sucesso”, como a grande escalada ao topo da pirâmide? E que tipo de sociedade você acha que vamos produzir com este propósito generalizado? Uma sociedade justa? Uma sociedade boa? Para quem? Qual é o problema do formato pirâmide, a base ou o topo? Porque organizar o mundo todo apenas em um único formato?
A escalada até o topo desta pirâmide, pode ser alcançada em diferentes níveis das sub-pirâmides dentro dos micro-sistemas que formam esse sistema global e é chamado de “vencer na vida” ou “posição de sucesso” ainda nesta Web Aula. E aqui aparece o principal ponto desta pergunta: Porque participar do ensino superior como ele é hoje, se para isso devo seguir seus propósitos? Ou seja, estar na sua posição de sucesso, é alimentar o propósito de quem criou este sistema educacional? Podemos, em diferentes culturas e diferentes agendas, dar novos propósitos a uma formação acadêmica superior e criar outros sistemas e não tentar ficar mudando um sistema criado por outros e sob controle de outros? O propósito destes que controlam o sistema educacional, servem aos propósitos de classes realmente? E raciais? E humanos?
Oi Cris!
Este assunto me incomoda muito – então debater o ponto, a meu ver é fundamental. Não gosto do programa de cotas – parece tirar o problema da frente ao adiar a solução. De fato, quero um sociedade humana que ofereça aos seus cidadãos de todas as origens, cores, crenças, rendas – as mesmas condições de estudo, trabalho e respeito. As cotas forçam aceitação no trabalho e na escola. Não resolve o problema. Beijo
Pois é Sandra, racionalmente faz sentido, contudo também compreendo que as x as cotas podem ser uma compensação para a neurolinguística de que muitos não conseguiriam sozinhos. As x as pessoas precisam de um sistema q acreditem nela antes delas acreditarem nelas mesmas… assistencialismo não resolve mas quem nunca precisou de algum tipo de crédito que atire a primeira pedra.
Vejo força nos dois movimentos, no final q bom que ambos possam coexistir para alavancar o progresso.